Diante dos desafios enfrentados pelos guardiões de sementes e agricultores de Cunha, como o enfrentamento às mudanças climáticas, mas também a escassez de recursos para projetos agroecológicos e o contexto da agroecologia no Brasil, este ano optamos por nos concentrar em fortalecer os guardiões e produtores de sementes e mudas crioulas e florestais.
Com o objetivo de garantir abundancia e a diversidade das sementes, organizamos três oficinas para compor a Jornada de Aprendizagem da Feira de Trocas de Sementes e Mudas de Cunha – SP. Essas atividades visaram reconhecer e valorizar nossos guardiões bem como criar uma base sólida com aqueles que ainda estão aprendendo a cuidar da terra, para que possamos, na próxima edição da Feira, receber de forma segura e eficiente os insumos dos guardiões e agricultores de outras cidades e regiões.
1º Oficina – 24 de agosto:
Realizado na Escola Dr. Casimiro da Rocha, reuniu 38 participantes para conhecer e trocar experiências com os guardiões de sementes do nosso território. O encontro proporcionou um espaço de aprendizado sobre a importância da preservação dessa tradição e sobre as técnicas de produção e armazenamento de sementes e mudas.
2º Oficina – 21 de setembro:
Organizamos uma caravana para a XII Feira de Trocas de Sementes Orgânicas, Agroecológicas e Biodinâmicas do Estado de São Paulo, em Pindamonhangaba. Participaram 36 pessoas, sendo 25 agricultores e/ou coletores de sementes. A ida à Feira foi uma oportunidade para estar em contato com pessoas de todo o Estado para trocarmos diversidade genética e, principalmente, saberes tradicionais e técnicos.
3º Oficina: – 05 de outubro:
No terceiro e último encontro realizamos a troca de sementes e mudas na praça do Rosário em Cunha, com o objetivo de incluir aqueles que não puderam participar da Feira Estadual. Na ocasião, realizamos o levantamento das espécies que estão sendo preservadas em nosso território e seus respectivos guardiões. Mais de 80 pessoas estiveram presentes, matando a saudades da nossa tradicional feira e reafirmando a importância desse movimento não só para os territórios Cunhenses mas também para o Vale do Paraíba e o Estado de São Paulo.
